terça-feira, 29 de julho de 2014

A minha experiência mais recente com TAP

No início deste mês fui de férias para o continente e o seu regresso foi um tanto ou quanto atribulado. Regressava de Lisboa para a Madeira no voo tp1693 das 23:20 do dia 8/7/2014. Como já tinha feito o check-in online, entreguei a bagagem cerca de 1h30min. antes da hora do voo. Na altura, no balcão não me deram qualquer informação sobre atrasos no voo. Tudo tranquilo, sem stress. Vinha para casa e começaria a trabalhar no dia seguinte.
Na porta de embarque estive sentada a ler umas revistas mas estranhei já passarem das 23h e nada acontecer. Dirigi-me a um painel informativo para confirmar se o voo estava a horas quando deparei-me com a seguinte informação em relação ao meu voo: "news at 23h45". Mau. Muito mau. Iam dar notícias às 23h45. Nem dizia "voo atrasado" nem nada... As funcionárias da TAP que estavam no balcão disseram a mesma coisa. "Só vamos ter notícias às 23h45". Nada acrescentaram. Se me tivessem dito na altura que no aeroporto da Madeira estava mau tempo, provavelmente teria compreendido melhor a situação. Haviam perguntas mas não haviam respostas. Percebi que a coisa não ia acabar bem. Decidimos ir ao café até porque àquela hora só restava um aberto. Bebi um chá. Regressei à porta de embarque às 23h40 e já lá não estava ninguém. NINGUÉM. Nem passageiros, nem funcionários!! Não iam dar notícias às 23h45? Ao lado ninguém. À frente ninguém. Atrás ninguém. O aeroporto estava deserto. Onde pedir informações? A quem perguntar onde estavam todos se não se via absolutamente ninguém? Decidimos sair da sala de embarque e à saída da mesma deparei-me com aquilo que parecia estar a precisar:

"Este telefone está à sua disposição"? Pois experimentei todos os números e não estava. Se se tratasse de uma ocorrência mesmo estava lixada. Entretanto começamos a deambular sem rumo até que encontramos funcionários da TAP a quem pedimos informações. Pelos vistos deambulávamos para o lado certo. Finalmente encontramos uma fila de passageiros que nos pareciam ser conhecidos. Eram os passageiros do nosso voo em fila em frente a um balcão da TAP, com apenas dois funcionários a atender (felizmente depois acrescentaram mais um).
Esperei cerca de 1h30min. até chegar a minha vez, mesmo em frente a uma Desigual que infelizmente (ou felizmente para a minha carteira) se encontrava fechada.
Recebemos um cartão de embarque para o dia seguinte às 16h10 e pelos vistos tivemos sorte porque tínhamos o cartão da tap e as prioridades na recolocação dos passageiros estavam de acordo com as tarifas pagas e se os passageiros eram clientes silver ou golden TAP. Alguns passageiros só ficaram colocados às onze da noite do dia seguinte!! Resumindo, os passageiros de todo um avião cheio foram recolocados pelos aviões do dia seguinte em plena época alta em que quase todos os aviões estão cheios!! Tenho pena que isto tenha sido resolvido assim. Já tinha passado por uma situação em que o avião não conseguiu aterrar e voltamos para trás a estas horas mas fomos todos colocados num voo às 6h30 da madrugada seguinte, evitando faltas ao trabalho. Esta última situação que descrevi aconteceu há dois anos também com a TAP e fizeram tudo pelo melhor.
Continuando o relato desta aventura mais recente, o funcionário que nos deu os novos cartões de embarque perguntou se queríamos as malas, mas dissemos que não porque isso implicaria mais uma eternidade à espera (mal sabíamos o que viria depois). O mesmo funcionário disse que podíamos ir andando para a zona onde se recebem as bagagens porque estaria lá um representante da TAP para nos dar todas as informações necessárias até nos dirigimos para o hotel.
Fomos para o local indicado e sabem o que aconteceu? Não estava lá ninguém. Nem passageiros. Nem funcionários. Ninguém a quem pedir informações. O aeroporto estava deserto. Decidimos sair e vaguear feito baratas tontas até encontrarmos alguma coisa. Encontrei um segurança. Não sabia nada. Encontrei um policia. Disse que apenas a companhia me podia dar a informação que pretendia. Continuava sem ver ninguém da companhia. Continuava sem ver os passageiros do meu avião. Enfim, lembrei-me do sitio onde apanhei o autocarro da outra vez e decidi arriscar e ir para lá (mas na altura nem sabia se íamos para o hotel de autocarro ou de táxi). Sorte. Estavam lá alguns passageiros do nosso avião. Era ali o sitio a aguardar. Finalmente. Alguns passageiros referiram que passaram pelas mesmas dificuldades que nós.
Aguardamos por desenvolvimentos.
À 1h40 ainda aguardávamos no mesmo sitio. Havia ali uma maquina de snacks sem stock (não serviu de muito).
À 1h46 entramos no autocarro e continuamos a aguardar. Afinal ficamos à espera dos passageiros que pediram as malas. Se eu soubesse, certamente tinha pedido a minha também.
À 1h53 o autocarro seguiu para o hotel.
Às duas já estávamos na recepção do hotel Altis Park, um hotel de quatro estrelas de atendimento excelente. A partir daqui tudo correu às mil maravilhas. Às duas e meia estávamos finalmente instalados num quarto verdadeiramente confortável. De manhã tivemos direito ao pequeno almoço, fomos dar uma volta pela baixa de Lisboa (o hotel fica mesmo ao pé da estação de metro de Olaias) e regressamos para um almoço divinal tipo buffet. Às 14h10 apanhamos o autocarro para o aeroporto e desta vez correu tudo bem. Tivemos muita sorte. Afinal estava mesmo mau tempo no aeroporto da Madeira. O avião conseguiu aterrar à segunda tentativa numa aterragem verdadeiramente excepcional e digna de um filme. Pela primeira vez bati palmas com verdadeiro entusiasmo. Todos o fizeram. Até assobios de alegria pairavam no ar.
Quando estava a sair do avião, apreciei um avião de outra companhia a tentar aterrar. Abortou a aterragem. Engoli em seco.

Sempre fui fã da TAP. Sempre confiei e gostei. No entanto, desta vez as coisas não correram bem. Houve uma desorganização total na orientação dos passageiros em Lisboa. Não houve novo voo de madrugada. As pessoas perderam o seu dia de trabalho. Enfim,...
Tenho preferido a TAP às companhias tipo easyjet, porque não há tantas confusões, temos refeições a bordo, e temos direito a levar mala no porão. Se a coisa der para o torto, a TAP supostamente resolve com extrema eficácia como aconteceu comigo à dois anos. Pagamos mais por isso mas penso que compensa porque quando uma pessoa vai de férias quer usufruir, desfrutar e não está para se chatear. Infelizmente as coisas têm vindo a se degradar cada vez mais. Os preços não baixaram, mas já tive vários voos em que nem serviram refeição "por falta de elementos na tripulação", já só podemos levar uma mala na mão, agora só podemos levar uma mala no porão mesmo que não tenhamos atingido o seu peso máximo, o limite de peso tem ainda menos 5kg que há uns anos atrás, os passageiros frequentes já não têm direito aos 5kg extra, ... O preço não baixa mas a qualidade tem-se vindo a degradar. Gosto muito da TAP, mas a TAP já não é o que era, infelizmente. 
    

 

4 comentários:

  1. E recebeste uma indemnização? Se não recebeste, devias.

    Luísa

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  2. Fiz uma reclamação por escrito. Até agora, não obtive resposta. Suponho que dados os numerosos voos cancelados ultimamente, devem ter muitas reclamações a dar resposta...

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  3. Como o voo foi cancelado por motivos de "mau tempo" no destino, penso que não irás ter direito a indemnização. Depois diz como ficou.

    Caty

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  4. Ninguém na altura falou em mau tempo. Só no dia seguinte soube que tinha estado mau tempo durante o dia. Ninguém explicou nada. Após as 23h ainda descolou um avião da TAP de Lisboa para o Funchal. O meu só não descolou porque já não podem descolar aviões após a meia-noite, e não por mau tempo. De qualquer forma, nenhuma destas informações e foi dada pela TAP. Essa não deu qualquer tipo de explicação. Penso que pelo menos o que descontaram no ordenado por uma falta ao trabalho, teriam a obrigação de pagar.

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